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Artigo#02 - O Papel do CEO

ESTRATÉGIAS QUE TRANSFORMAM #02 - O Papel do CEO

Artigo#02 - O Papel do CEO
Estratégia Transformação Organizações Liderança 16.03.2023

Hoje a nossa conversa é sobre o papel do CEO na condução de estratégias de crescimento e até mesmo de sobrevivência em ambientes competitivos e complexos. Para falar sobre o tema, a convidada é a minha amiga, psicóloga e mentora Vicky Bloch. Sua consultoria é focada em coaching executivo e consultoria para empresas familiares. Atua diretamente na orientação, no desenho de novos projetos profissionais e no desenvolvimento de competências com CEO´s.

Vicky, quais são as principais mudanças no papel do CEO?

Diante de comportamentos incoerentes e das fraudes que estamos assistindo, acredito que esse papel tem que considerar não só as mudanças de tecnologia, de rapidez de decisão, de complexidade, de ambiguidade, mas principalmente do que norteia a vida da gente, que são as questões éticas. Alguns profissionais fecharam os olhos para algumas atitudes e comportamentos inadequados, tanto dos seus pares, de subordinados ou stakeholders porque tinham medo de perder seus empregos ou acharam que eram coisas pequenas. Foram estimulados a ter comportamentos incoerentes e não mediram o impacto que isso pode ter na sociedade, nos grupos que eles prometeram cuidar ao se sentar na cadeira de CEO.

Então, a grande mudança está em se confrontar com grupos que cobrarão do CEO mais integridade no que diz e faz, tanto nas grandes questões, mas também na relação direta com o time que ele toca. Em seguida, vem a capacidade de negociar, de entender e de se colocar à disposição para ouvir de verdade e falar sobre temas complexos, até sabendo dizer não.

Quais são as novas competências exigidas para o CEO?

A primeira é descer do trono e ouvir, ouvir e ouvir. O controle e comando fazia com que se acreditasse que só comandar era suficiente para que as coisas acontecessem. É preciso usar a competência de ouvir genuinamente, ouvir com vontade de entender o que o outro está falando e ouvir com a possibilidade de decodificar o que está acontecendo. A segunda competência, é saber improvisar. Ou seja, você foi preparado para fazer um monte de coisas e o que aconteceu foi completamente diferente e você precisa ter uma resposta imediata. Esse improvisar inclui a capacidade de ter insights muito rápidos. É preciso também ter coragem para fazer coisas novas, para se expor e para enfrentar esse mundo novo.

Como adquirir essas novas competências?

Isso se adquire vivendo genuinamente. O exercício diário de se colocar em situações novas pode ser uma forma de se adquirir essas competências e desenvolver a sensibilidade. Ao viver os vários papéis, em casa com os filhos e cônjuges, como filhos ou avôs, onde se é capaz de experimentar coisas novas, saber que se vai errar e aceitar isso. No trabalho, é a mesma situação. A sua capacidade será desenvolvida na medida em que você se expuser e se der a chance de entrar em projetos junto com os outros.

Isso significa muito mais colegiado, onde se dividem responsabilidades e conhecimento com o outro. Você oferece conhecimento, oferece a sua experiência e esse exercício ajuda a desenvolver as suas capacidades. Do ponto de vista da inovação, da tecnologia, do mundo novo, por exemplo, você pode se envolver com essas estruturas novas de startups, participar de um conselho, ser um mentor. A mentoria reversa, obtida com essa gente que está fazendo coisas novas, pode ajudar muito.

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Uma frase de Vicky Bloch para você

“Sentar em uma cadeira de CEO significa cidadania, seja íntegro e cumpra o seu papel na sociedade.” Isso tem a ver com a grande decepção que eu estou tendo com as atitudes antiéticas, fraudadoras, não só do ponto de vista legal ou contábil, mas dos que mentem e criam artifícios para enganar o outro.

Em resumo, conforme a Vicky estão em alta a coerência entre o que o CEO diz e faz, bem como, a sua integridade. Além disto a sua capacidade de “descer da cadeira” e ouvir. A partir dessa escuta a sua coragem para se expor e agir de forma não convencional. De experimentar coisas novas e aprender com os erros. Fazendo isto, preferencialmente, de forma colegiada. Fica aqui o convite meu e da Vicky para você avançar nessa direção, pois nunca é tarde para nos tornarmos melhores naquilo que nos propomos fazer!

Daniel M. Ely

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