CRÔNICAS EXECUTIVAS #01
CRÔNICAS EXECUTIVAS #01 - O Embate entre Criador e Criatura: Um Jogo de Egos e Vaidades.
No complexo mundo organizacional, um ambiente fértil para a exaltação dos egos e vaidades, é difícil discernir quem realmente está se manifestando durante conversas e negociações. São como cenas teatrais, onde os protagonistas se misturam, deixando-nos questionando se é o criador ou a criatura que domina a cena. Os sinais emitidos durante esses momentos revelam pistas claras sobre quem está no controle da ação: são os egos e vaidades se expressando em forma de criatura, ou o seu criador ainda mantém o domínio sobre eles?
Com mais de 30 anos de atuação profissional, confesso que ainda não consegui decifrar todos os gatilhos desse processo. Eu mesmo sou dominado em alguns momentos, enquanto tento exercer o domínio em outros. Nos momentos cruciais de nossas vidas, somos especialmente testados ou dominados por nossa própria criatura, pois o gatilho que a aciona reside nas profundezas de nossas inseguranças ou na soberba de nossas certezas. Tudo isso impulsionado pela incessante busca por confirmação.
Quantas vezes já presenciamos discussões acaloradas e sem sentido entre duas ou mais criaturas? O que vemos nesses momentos senão uma disputa por palco, holofotes e uma medição de forças entre supostamente certo e errado? Os propósitos reais e o impacto coletivo se tornam menos relevantes, viabilizados apenas quando conseguimos dominar nossas criaturas, que anseiam pelo brilho de suas perfeições!
Chega de desperdiçar tanto tempo nesse jogo de egos e vaidades! Será que ainda podemos evoluir nesse sentido? Talvez sim, se considerarmos as crenças que nos vêm do lado Pollyana que todos temos. Talvez não, se já estivermos dominados pelo lado criatura, que neste ponto da crônica mal consegue compreender e encontrar algum sentido nela.
Somos todos protagonistas ou antagonistas de nossa própria história, tanto na vida pessoal quanto nas relações que estabelecemos dentro e fora do mundo organizacional.
Apenas deixamos aflorar aquilo que negociamos ou permitimos com nossa autoconsciência, a mãe de todas as outras consciências. Entre o criador e a criatura, sempre haverá gatilhos de ativação e, se soubermos reconhecê-los, poderemos ativar adequadamente um equilíbrio maior entre um sentido e propósito coletivo e a mera satisfação de nossos interesses.
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