Isso foi Libertador!
O líder inspiracional rouba o tempo do bom gestor
Dizer que os bons gestores precisam se transformar em líderes inspiracionais virou quase que um mantra para mim. Um dos meus grandes aprendizados nos últimos anos foi como sair de um modelo de comando e controle e conseguir gerar resultados inspirando e influenciando pessoas e movimentos.
Quem me conhece, sabe que, ao me convidar para qualquer ação onde eu possa ajudar a inspirar e influenciar pessoas e movimentos, eu sempre estou disponível. Abrir mão de comando e controle não é uma mudança fácil, principalmente para um executivo sênior, como eu. Via de regra, nós galgamos posições difíceis nas organizações dentro do modelo tradicional, de estruturas verticais de comando e controle. Assim, quando chega a nossa vez de comandar, muda tudo e parece que perderemos a chance de exercitar o poder que conquistamos.
Meu amigo, o publicitário e consultor Dado Schneider, gosta de provocar que, “bem na minha vez” não pode mais praticar o comando e controle. Com o tempo, percebemos os benefícios dessa mudança. Na minha experiência, comandar e controlar exige dez vezes mais esforço do que inspirar e influenciar movimentos. Ou seja, a mesma energia que eu utilizo para comandar e controlar um processo, eu consigo inspirar e influenciar até dez movimentos.
Comandar e controlar exige dez vezes mais esforço do que inspirar e influenciar movimentos.
Muitos me perguntam como eu consigo dar conta de estar na minha organização e participar de outras entidades e projetos. A resposta é porque eu já fiz a minha inversão de agenda e já consigo dedicar aproximadamente 60% do meu tempo para inspirar e influenciar pessoas e movimentos.
Ao fazer a minha inversão de agenda, eu abandonei muitas coisas que me castigavam, me prendiam ao modelo antigo. Eu já fui um executivo que fazia muitas reuniões de comando e controle e me libertar delas foi poderoso. Chegava a fazer inúmeras reuniões para acompanhamento de processos, que substituí por apenas uma quinzenal. Hoje as minhas reuniões de acompanhamento são rápidas e, quanto eu tenho oportunidade de mais tempo com a minha equipe, eu opto por ter conversas sobre o contexto de mundo e questões de desenvolvimento individual e coletivo.
Sempre é bom lembrar que as pessoas se conectam com pessoas e entregam o seu potencial máximo quando veem um ganho. Na medida em que abrimos mão do comando e controle, da hierarquia, facilitamos o ambiente para as conexões e as relações de confiança. O resultado não deixa de aparecer e, muitas vezes, é muito superior, acontece de uma forma mais leve, com as pessoas mais felizes.
Daniel M. Ely
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