Propósito no Centro
O poder de colocar o propósito no centro
As minhas experiências nos Institutos UniTEA (do autismo) e Hélice (de inovação) são frutos de uma lógica da abundância. No centro das duas iniciativas estão os propósitos que reúnem os atores ao seu redor, cada um entregando a sua melhor competência. No caso do Hélice, no centro está a inovação colaborativa, reunindo empresas que buscam soluções para as suas dores que acabam sendo comuns. É evidente que cada empresa pode ter situações ligadas a determinadas particularidades de seu negócio que precisem ser preservadas, mas em tantas outras questões não faz mais sentido andar sozinho. Acaba sendo muito mais oneroso trabalhar na lógica da escassez.
Para a minha jornada como líder, entender a lógica da abundância foi bastante transformador. A gente perde ainda muito tempo dentro das organizações querendo provar que a minha forma de pensar é melhor que do que a sua, que a minha reposta é a mais importante, que eu domino certa tarefa. Passei a aceitar e ver o valor em trabalhar com o outro, em respeitar a diversidade do outro, em somar as partes. Aprendi a recuar e a trabalhar mais com o diálogo construtivo.
Em qualquer processo de transformação, uma das questões essenciais consiste em colocar um propósito no centro da estratégia
Em qualquer processo de transformação, uma das questões essenciais consiste em colocar um propósito no centro da estratégia, dentro da lógica da abundância. Orbitando ao seu redor estariam as pessoas e as organizações, todas entregando as suas competências a serviço da transformação. Neste propósito central, está o que inspira e conecta as pessoas ao seu redor. Eu não me conecto a uma organização porque ela fabrica determinado produto, mas porque ela oferece uma solução que vai trazer um impacto ou benefício específico e que eu estou no meu propósito individual conectado a isso.
É o propósito comum que cria o engajamento da equipe para as entregas. O oposto de propósito é a anomia, que é a falta de identidade, de valores, de raízes, em uma pessoa ou em uma sociedade. Quando eu não tenho uma declaração de propósito bem definida, eu corro o risco de ter uma anomia individual ou coletiva. Surgem os questionamentos, por que a gente existe, para onde está indo? E isso vai levar a uma perda de energia, de competências e de potencial da equipe. É o compartilhamento de propósitos que vai gerar os movimentos de mudança.
Daniel M. Ely
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