Conexão
Não fique rígido em sua experiência
Diariamente, nos deparamos com novas situações, seja na família, nas organizações ou nas nossas comunidades, e possibilidades de aprendizagem. Se observarmos esse novo contexto que nos é apresentado, usando as mesmas lentes das nossas experiências passadas, dificilmente vamos aprender algo diferente. A partir do momento que você estiver atento a isso, começará a perceber com maior clareza novas oportunidades de conexão.
Não fique rígido em sua experiência e, assim, crie novos ciclos de inovação!
Quando eu baixo a minha rigidez, eu me permito revisitar algumas das minhas crenças culturais e sentidos que eu adiciono à minha observação. Dessa forma, crio um novo ciclo de inovação, onde eu sou capaz de aprender, de desaprender, de reaprender e compartilhar, oportunizando transformações diárias. Eu amplio o meu portfólio de experiências e agrego outras possibilidades à bagagem que eu carrego. Precisamos abandonar a ideia de continuar fazendo o que sempre deu certo, pois pode não ser esse o melhor resultado possível.
Mudar os comportamentos não é algo trivial. Lembro o quanto doloroso foi quando eu comecei a fazer as minhas reflexões para primeiras mudanças. Foi preciso sair de uma zona de conforto e abandonar alguns modelos mais tradicionais onde me espelhei e fui reconhecido. Na questão de menos comando e controle, eu percebo o quanto ainda é difícil deixar o monstrinho mecanicista e controlador que temos dentro de nós, como diz o meu amigo consultor, Daniel Levy. Eu preciso ter a autoconsciência que ainda carrego esse monstrinho e me autopoliciar constantemente para que ele não entre em ação, ou usá-lo apenas em ocasiões onde seja bem-vindo.
Não há mais dúvidas que, enquanto nós, líderes, não começarmos a mudar a nossa mentalidade frente aos novos desafios, não haverá a transformação de qualquer organização onde estivermos inseridos. A boa notícia é que, em muitos segmentos, como na indústria pesada, ainda podemos fazer essa mudança pelo amor e não pela dor. Não precisamos esperar a água bater no pescoço para começar a nos mexer mais energicamente. O exercício da autoconsciência nos permite ver também o quanto desta transformação pode estar sendo bloqueada por nós mesmos.
Enfim, temos a tendência de enxergar o mundo com base em nossas experiências passadas e não em relação às novas possibilidades que se apresentam. A nossa percepção de mundo é muito mais baseada num espelho retrovisor do que em um para-brisa. E é a rigidez das nossas experiências anteriores que pode se tornar o nosso grande inimigo no processo de transformação que precisamos fazer!
Daniel M. Ely
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